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A guerra civil espanhola: O Palco que Serviu de Ensaio Para a Segunda Guerra Mundial

  • Foto do escritor: Italo Aleixo
    Italo Aleixo
  • 7 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura


O historiador Josep M. Buades narra toda a história do conflito: desde o estado prévio da situação que remonta as grandes navegações e ao século XIX o conflito propriamente dito que descambou para a Segunda Guerra Mundial, até aos anos posteriores da ditadura de Francisco Franco.


Apesar de ser um livro relativamente curto pela quantidade absurda de informação que traz, Buades consegue lidar muito bem com toda essa carga e compor uma narrativa clara e sucinta dos acontecimentos. Seu texto tece com maestria: os embates ideológicos prévios e posteriores à guerra, a geopolítica, as batalhas, a individualidade das figuras e até como a arte e a cultura foram envolvidas no conflito. Os capítulos bem divididos descrevem com minúcia: as batalhas, como as tecnologias mudavam o lado da balança a todo momento, como a interferência externa — em especial o Reich e a URSS — manipulavam seus peões em solo espanhol, o papel dos voluntários, dos artistas e dos exilados e claro, o genocídio perpetrado!


Ah Espanha! Sua pouca coesão, onde cada estado tinha suas individualidades e buscavam uma identidade própria, cedeu quando foi prensada à força pela fúria dos dos combatentes, servindo de cobaia para tecnologias Soviéticas, Italianas e Alemãs e tendo o sangue de seu povo como cola. É um livro com uma carga emocional enorme e dotado de uma tristeza avassaladora. A medida que a onda dos Franquistas vai engolindo a República, Vermelhos e Azuis se digladiam numa verdadeira cruzada religiosa, cujo combustível são as vidas humanas.


A história da humanidade é sublime mas acima disso, é extremamente dolorosa. Acho que a maior lição que a história nos dá é que as guerras não são efêmeras, elas começam séculos antes e impactam muitos anos depois. Já que é tão difícil aprender com ela, temos pelo menos a obrigação de não esquecê-la, se não em benefício próprio, pelo menos em memória daqueles que foram ceifados e não puderam contemplá-la!!!

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