O Fim da Eternidade
- Italo Aleixo
- 8 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de set. de 2024

Um dos mais renomados livros de Isaac Asimov e senão a melhor história de viagem no tempo da cultura pop, obra que define muitas das "regras" fundamentais para narrativas de viagem temporal na ficção científica.
Em algum momento surgiu a Eternidade. Uma agência, cujos membros transitam livremente através do tempo e tem por missão fazer pequenos ajustes — causar verdadeiros "efeitos borboleta" — em um século ou outro, de modo a evitar que grandes catástrofes aconteçam. A questão é: quão ético é alterar a história, mesmo que seja pelo bem comum?
Isaac Asimov dispensa comentários, mas uma coisa que normalmente me mantém longe de seus livros é o visual meio datado: baseado em meados do Século XX, suas tecnologias destoam do que veríamos no fim do século, levando a narrativas por vezes enferrujadas. Por outro lado, sua ampla noção de física e filosofia, renderam algumas obras atemporais.
É isso que encontramos aqui, apesar do enredo ser norteado por personagens insignificantes e uma história de amor descartável, é nos debates científicos e éticos que a obra se destaca. O Fim da Eternidade é um dos melhores livros sobre a sempre tão abordada "viagem no tempo". Idas e voltas no tempo, impacto no desenvolvimento humano, paradoxos temporais e infinitas linhas do tempo, são os elementos que Asimov usa não apenas para contar uma boa história mas também para debater sobre as probabilidades e consequências reais de tal empreitada.
Embora eu ainda tenha algumas reticências do autor, Os Próprios Deuses, O Cair da Noite e agora O Fim da Eternidade, estão entre as melhores obras que já li dentro da ficção científica. São obras atemporais que não pecam em retratar a eterna contemplação da humanidade perante os mistérios do desenvolvimento.
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